sábado, 8 de fevereiro de 2014

Vocês são fortes



“Jovens, eu lhes escrevi porque vocês são fortes, e em vocês a Palavra de Deus permanece e vocês venceram o Maligno.” 1 João 2:14

Sempre que fico sabendo que alguém conhecido foi aprovado no vestibular, sinto como se fosse comigo. Dou um sorriso, às vezes solitário, porque quem está ao lado nem sempre entende. Talvez essa minha empatia tenha a ver com o fato de eu mesmo ter passado por isso algumas vezes, não sem muito suor e conflitos. Então eu revivo o momento. Fico afobado, feliz, espalho a notícia e, às vezes, surpreendo o próprio aprovado e a família (não é, Rebeca?). E então, seguindo as etapas da reação em cadeia de minha vestibulanda emotividade, surgem as vontades de recomendações. Ei-las:

Meus queridos, aproveitem essa dádiva. Não a encarem como uma conquista firmada sobre o fundamento exclusivo do intelecto. Nem como um lance de sorte e, tampouco, como milagre. É fruto de trabalho duro e, acima de tudo, da graça de Deus. Desde a inteligência, passando pela persistência em estudar e pela calma ao fazer a prova. Desde o apoio sempre presente da família até, enfim, o nome na lista. Tudo vem da infinita e abundante graça de Deus. Que essa graça seja a razão do seu deleite.

Apeguem-se com afinco à oportunidade concedida e conquistada. Empenhem-se, levem a sério, busquem a excelência. Não sejam acomodados. Não se contentem. Leiam, questionem, corram atrás. Ninguém é tão responsável por sua formação quanto vocês mesmos. Aprendam na prática. Façam estágios. Mil estágios. E não usem o estágio como desculpa para notas piores. Pelo contrário: o aprendizado na prática deve ser encarado como uma responsabilidade, compromisso com um desempenho ainda melhor.

Errem bastante. Aprendam a não se levarem tão a sério. Meus maiores aprendizados vieram das bobagens homéricas que fiz quando era estudante, estagiário e, para ser sincero, que ainda faço, às vezes, como profissional. É do jogo.

Aproveitem para conhecer pessoas de todos os tipos, todas as formas de pensar. Não as evitem apenas porque pensam diferente de vocês. Aprendam a conversar e argumentar. Busquem sempre ser uma influência positiva na vida de quem se aproximar de vocês. Acreditem em mim, é perfeitamente possível fazer isso sem que nenhum princípio eterno que vocês carregam dentro de si seja subvertido. E, de quebra, demonstra amor e interesse (e pouca coisa surpreende mais as pessoas do que isso).

Mas, acima de tudo, nunca se esqueçam de quem são e do que já aprenderam até aqui. Vocês serão questionados e, muitas vezes, pressionados, mas não há razão para ter medo. Aprofundem-se no conhecimento da graça de Deus que vocês já tiveram até aqui. Mergulhem nele. Deixem-se submergir na Palavra. Finquem os pés nela. Não se envergonhem desse conhecimento. Ele é perfeitamente capaz de responder a todas as perguntas, suprir todas as carências, acalmar todas as ansiedades. Sejam prudentes e inteligentes ao lidar com esse conhecimento. Ele é luz e não algo para ser escondido. E lembrem-se de que esse conhecimento é o que os faz fortes. Sejam fortes, como já têm sido. Mantenham na mente e no coração essa Palavra que já permanece em vocês.

E, finalmente, se esforcem para serem pessoas “inteiras”. Não fomos chamados para sermos cristãos e jornalistas, cristãos e químicos, cristãos e cientistas, cristãos e pedagogos. Fomos chamados para sermos seguidores de Jesus Cristo por onde quer que andemos. Seguidores de Cristo que, pela graça de Deus, também podem ter uma profissão. Façam tudo o que estiver ao alcance para lutar contra essa dicotomia, essa ideia de “vida dupla”, separando o que é "cristão" do que é "secular". Que suas carreiras sejam também um ministério. Que sejam mais uma das muitas maneiras pelas quais o Senhor permite que Sua luz brilhe por meio de vocês.

Parabéns pela conquista. Que o Senhor os abençoe. Muito sucesso!



quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Dia das mães em três atos



Os três nervosos, as mãozinhas suadas. Hora de apresentar o que haviam ensaiado na classe da Escola Dominical. Mamãe aguardava sentada, ávida por ver as homenagens preparadas pelos pimpolhos.

Pedrinho entra na sala com o berrante do pai.

_FUÓÓÓÓÓÓÓÓIIIN

_ ...

"_Querida mamãe: eu te amo! Tu és mamãe! Mamãe!
Te amo porque és mamãe! Tu és linda, és minha mamãe!
Tu cozinhas, és minha mamãe! Te amo, querida mamãe!
Mamãe, és linda! (18x)

Tua presença é linda, mamãe. Você é perfumada!
Te amo por que és mamãe! Tu és linda, mamãe!
Mamãe, mamãe, minha mamãe, tão mamãe!
Mamãe, és linda! (26x)."

Pedrinho agradece, se curva, sai da sala satisfeito.

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Juquinha entra na sala com o semblante grave. Óculos de aros grossos. Xícara de café na mão.

"_É como o vento que move a palha nos lábios do boi.
Que sopra de lá para cá e ninguém vê de onde vem,
que aroma tem.
Suscita a insustentável leveza do ser
 do passarinho de verão.
Toca o âmago do homem sartreano,
sempre em construção
ao sabor da vontade e do ato.
Mamãe."

Juquinha bebe café. Fala de suas recentes experiências como fotógrafo e sobre a essência do louvar mamãe nesses dias em que irmãos mais novos só sabem fazer vãs repetições.

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Carlinhos entra na sala.

"_Mamãe, eu amo você.
Porque a senhora tem o abraço mais gostoso do mundo.
Quando eu estou com medo e a senhora me abraça, eu me acalmo.
Eu sempre gosto quando você me conta histórias e ensina coisas da Bíblia.
Eu amo quando você faz meu bolo preferido de sábado à tarde.
Amo como você cuida de mim, me protege das coisas ruins.
Eu não gostei quando a senhora me deixou de castigo
Porque eu pintei o lençol da sua cama de guache.
Mas eu sei que o que a senhora fez foi para o meu bem.
Eu quero te obedecer e ser um bom filho.
Porque eu amo muito você.
E tenho orgulho de ser seu filho!"

Carlinhos sai da sala.

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Pedrinho e Juquinha seguiram carreira artística gospel.

Carlinhos virou engenheiro.







sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Fast food



_Pois não, senhor, faça seu pedido

_Hummm... eu queria um Jesus, por favor.

_Sim, senhor, quente ou frio?

_Eu acho que prefiro morno.

_Qual acompanhamento?

_O que você tem aí?

_A promoção do dia é o Jesus classe média, senhor.

_Como é isso?

_Vem com muita ação social, duas fatias de missão integral, uma porção generosa de eventos incríveis, salpicado de pregações.

_Pregações? Não sei, parece meio gorduroso. Eu tô tentando perder peso na consciência...promessa de ano novo, sabe...

_Claro, senhor, mas é coisa bem leve, sempre devocional.

_Ah, que bom! Nesse calor vai bem, né?

_Sim, senhor. Pode ser?

_Manda.

_Quais os molhos?

_Não sei, quais tem?

_Senhor, no momento só temos dois molhos, o de devocional diário e o de estudo bíblico.

_Ah, não, esquece. Esse tipo de molho me faz ficar lembrando dele no dia seguinte, dá azia, uma coisa louca...

_Perfeito, senhor. Mais alguma coisa?

_Não, acho que é só.

_É pra agora, senhor?

_Não, tá muito cheio aqui. Não tô com paciência para ouvir problema dos outros na mesa ao lado. Faz pra viagem.

_Perfeito, senhor, é só se dirigir ao caixa.

_Obrigado, bom dia.


_Tenha um bom dia. Próximo!

domingo, 12 de janeiro de 2014

Domingo à noite



Acho que a gente vira um pouco filósofo no domingo à noite. Ou sou só eu? Não sei se é a famigerada música do Fantástico, ou aquela sensação da iminência da segunda-feira. Mas o fato é que, enquanto a gente engole as últimas garfadas da lasanha com frango e farofa requentados, sempre vem aquela sensação de "pra que mesmo isso tudo?". "De onde viemos? Para onde vamos? Falta quanto para sexta-feira?"

É meio engraçado, mas ao mesmo tempo não é. Porque tem mesmo uma pincelada de angústia no ato de questionar a razão da rotina. E as cores dessa pintura ficam mais intensas à medida que a gente se aprofunda e, já passando da lasanha para o bolo de cenoura (porque dieta, veja, só amanhã), começa a se interrogar a respeito da vida no latu sensu.

Afinal, de amanhã até sexta, tem muita coisa boa, mas também tem muita dor, muito enfado, muita canseira. Tem muita dúvida sobre se de fato essa coisa toda vale a pena. Eu me levanto na segunda-feira e onde vou parar?

Hoje à noite, eu e minha esposa visitamos a antiga igreja dela. E teve um daqueles momentos em que a gente fica em silêncio, refletindo sobre o que acabou de ouvir e conversando com Deus. Durante esse tempo, o pastor citou um trecho que me levou para tão longe, imagine, que o resultado são esses parágrafos acima.

O que ele leu: "Pois, dada a ordem, com a voz do arcanjo e o ressoar da trombeta de Deus, o próprio Senhor descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois, nós, os que estivermos vivos, seremos arrebatados com eles nas nuvens, para o encontro com o Senhor nos ares. E assim estaremos com o Senhor para sempre. Consolem-se uns aos outros com essas palavras." (I Tess. 4.16-18)

À essa altura, espero que você já tenha entendido meu ponto. A cada segunda-feira (e terça, e quarta...) em que a gente sai da cama, essa é a direção para se caminhar. O que eu fizer amanhã tem que ser uma ponte que liga o agora com aquele dia. E aquele dia vai chegar. É certo, resolvido, prometido, agendado. O dia em que o Senhor vai nos receber, nos ares, de braços abertos, acontecerá no tempo e no espaço, na história como a conhecemos. Não é lenda, nem experiência mística, mas fato real.

Leia esse trecho como se você tomasse um copo de água fria. Deixe que ele o console, alivie, e, se tiver um tempo, console outras pessoas com essas palavras. O dia vai chegar, e pode ser amanhã, "uma segunda-feira qualquer". Não é Fantástico?

Boa semana.

domingo, 15 de dezembro de 2013

O filho



"Ela dará à luz um filho, e você deverá dar-lhe o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados." Mateus 1:21

Uma vez, quando eu ainda era criança, descobri em meio às fitas velhas do meu pai uma do Toquinho. Lembro, como se tivesse acontecido ontem, do tanto que fiquei deslumbrado com as músicas dele. Teve uma que me deixou encantado e que ouvi, ouvi, ouvi vinte vezes naquele dia e nos seguintes.

Naquela música, Toquinho falava de um pai, que, talvez debruçado em um beiral de janela, nessas viagens da alma enquanto o sol se põe, se punha a pensar no filho que ele queria ter. Ele via o menino no bercinho e sentia a lágrima escorrer enquanto sonhava em acalentar aquele embrulho pequenininho com cheiro de sabonete. Depois ficava imaginando o moleque maiorzinho, cobrindo o pai porquês, e levado que só. E quase podia sentir a dor nas costas depois de colocar o pequeno na cama, depois de um dia de estripulias.

Quando eu era pequeno, achava o máximo a figura de um homem olhando o pôr-do-sol, pensando no grande futuro reservado ao filho que estava a caminho. “Meu filhão vai ser um Médico Sem Fronteiras, jogador do Barcelona, convocado pelo Bernardinho, não vai dar passagem pro piloto principal da Ferrari na reta final e vai subir no pódio ostentando o disco de platina que sua banda ganhou, vai sair dali direto pra tomar posse substituindo o Joaquim Barbosa...”

Gostava de imaginar todos os pais do mundo sentados à janela, vendo o entardecer, sonhando com o filho forte, saudável, feliz. Acho que o Toquinho acertou ao dizer que “é comum a gente sonhar, eu sei, quando vem o entardecer", pensando na força da vida do filho que ia chegar.

Mas quando e como é que a gente poderia imaginar um pai pensando no filho como alguém que nasceu para morrer? 

Quando Mateus registrou em seu livro a história do nascimento de Jesus, ele não mencionou quaisquer expectativas sobre aquela criança que se parecessem com os sonhos de um pai como o Toquinho, ou o meu, sobre o futuro de seu filho. O que estava previsto para aquele bebezinho que viria era que ele receberia o nome de Jesus. Porque salvaria seu povo dos seus pecados.

Poucas palavras disseram praticamente tudo o que se precisava saber sobre o garotinho ainda em gestação. Ele era o filho que nasceria para morrer. Não aquela morte que acontece quando se é velhinho, e que a gente vê como “o fim inevitável de todos os homens”. Porque isso o tornaria igual a mim, a você, ao filho do Toquinho. A morte era, na verdade, o propósito pelo qual ele havia nascido. Porque aquele menininho não era mais um. Seu próprio nome mostrava quem ele era, e o que haveria de fazer. Jesus, a prova cabal de que “o Senhor é salvação”. O Filho de Deus, o próprio Deus feito homem, que veio salvar os homens dos seus pecados.

Imagino como seria se José se pusesse a pensar no futuro daquele filho. Penso nele olhando para o pequeno que, com as mãozinhas ainda desajeitadas, tentava ajudar na carpintaria. Vendo-o segurar entre os dedinhos uns pregos enormes que seriam usados para consertar uma cama, mas que, anos depois, atravessariam aquelas mesmas mãos, e os pés. Ainda que José não tivesse noção da imagem completa, talvez ele tivesse uma leve impressão do que estava por vir. Dramático para um pai, não? 

Mas também fico pensando em como seria se Deus, o Pai, se debruçasse no peitoral da janela do mundo para olhar o entardecer, pensando em Jesus. Deus vendo o Filho Eterno encarnado, o menino nascido para “salvar os homens dos seus pecados”. Sabendo haver apenas um jeito de fazer isso. Sabendo haver, entre uma ponta e outra da história, uma cruz. Fico imaginando o Pai observando o filho querido caminhar com perfeição sem igual sobre a terra. Até que chegou o momento em que ele não pode olhar mais para o filho que agonizava e perguntava ao pai “por que o senhor me desamparou”?

Tem uma coisa, porém, que eu não preciso imaginar, porque sei bem que aconteceu. Que imagem encantadora! Depois daquela hora triste na cruz, o Pai viu o Filho vivo e vitorioso, que tomou a própria vida de volta três dias depois da cruz. O Filho que venceu a morte e o pecado. Que estendeu essa vitória a todo aquele que, pela fé, o recebe e o segue. E o Pai, enfim, sorriu satisfeito com o resultado glorioso daquela obra sem par. 

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Lamento

Hoje eu queria lamentar o pecado. Quando é nosso, nem se fala. Sabemos a força que tem e o estrago que faz. E quando não é, nem sempre conseguimos mensurar a força e o estrago, mas, ao menos para mim, quase sempre fica esse gosto amargo na boca, que escorre em lamento.

Hoje eu queria lembrar que sou pecador, frágil, vulnerável, capaz das maiores maldades, tanto quanto você, ele, ela, o pregador, o ladrão, e qualquer outro companheiro de espécie.

Hoje eu queria ser consolado pela Verdade de que Jesus morreu por causa disso. Para a solução dessa miséria, a limpeza dessa bagunça. Para pagar o preço do estrago que essa sujeira causou.

Hoje eu queria dormir embalado pela graça de Deus, que me salva e me faz caminhar com passos firmes. E lembrar, amanhã, e depois, e depois, que para cair, basta se estar em pé.

"Assim, aquele que julga estar firme, cuide-se para que não caia! Não sobreveio a vocês tentação que não fosse humana, mas Deus é fiel; ele não permitirá que vocês sejam tentados além do que podem suportar. Mas, quando forem tentados, ele mesmo lhes providenciará livramento, para que o possam suportar." I Cor. 10.12, 13





sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Foi assim que começou




A serpente, que era muito esperta, chegou para Eva com uma conversinha mais ou menos assim:

“Como é que era aquele versículo mesmo, Eva? ‘Você pode fazer o que quiser no jardim, mas não pode comer o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, nem pode tocar nele, porque se você fizer isso, tchau. Vai morrer. ’ Era isso, não?

Então, minha cara, vamos conversar. Sabe, eu andei meditando muito sobre esse trecho, esses ensinamentos. E de uns tempos para cá esses estudos abriram muito a minha cabeça com relação a essa teologia.

Eva, minha querida, escute uma coisa. Acho que essa história de morrer se comer do fruto ou tocar nele é realmente um bom ensino, mas olhe à sua volta. Veja como esse jardim se desenvolveu. Não é mais como era quando você foi criada. Repare em como as coisas que você e seu marido fizeram prosperaram, quanta coisa evoluiu!

Eu creio que essa mensagem deve continuar a ser passada, mas veja bem... não acho que cabe mais ser tão fundamentalista. Eva, você e Adão estão sendo praticamente xiitas! Percebe? Morrer ao comer o fruto? Não é exatamente isso que vai acontecer. Você por acaso já viu alguém morrer aqui nesse lugar? Adão já morreu? Você já morreu? Algum animal já morreu? Não que eu tenha visto...

Olha, as coisas estão mudando. Morrer é algo que, na nossa realidade cultural, está descontextualizado. É anacrônico. Não dá mais para ser "isso" ou "aquilo". Quem nos nossos dias tem certeza de alguma coisa, mulher? Quem sou eu para dizer que alguma coisa é verdade absoluta? Isso é prepotência, egoísmo, obscurantismo, não vamos ter a cabeça assim, tão fechada. Você pode construir suas próprias verdades, percepções.

Sem falar, Eva, que esse discurso é muito duro. Quer dizer... Deus é amor, Varoa! Você sabe disso! Olhe à sua volta, que lugar incrível que ele criou para a gente! Onde se plantando, tudo dá.  Como é que alguém que criou uma coisa bonita assim, que criou a mim e a você, parceira, pode ter um discurso como esse de morte?

Eu acho que a interpretação desses ensinos da forma como você os entende foi muito bacana um dia, em outro contexto. Mas você consegue enxergar agora como está desatualizado? Não fala de sustentabilidade, não está integrado à sociedade moderna do Éden. Não é um discurso que vai prender a atenção do pessoal por aqui. Logo muitos vão perder o interesse. Entende?”

Aí Eva foi lá e comeu.